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Grupos estrangeiros apostam na liberação dos cassinos no Brasil Seis empresas já visitaram o Brasil.

  • Casino-br
  • 11 de mai. de 2017
  • 4 min de leitura


Setenta anos após serem proibidos no Brasil, os cassinos fazem suas apostas e voltam à mesa de negociações no maior país da América Latina.


Ontem, um dos ícones mundiais do setor de jogos, o americano Sheldon Adelson, presidente da Las Vegas Sands, maior empresa de cassinos dos Estados Unidos, se reuniu com o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, encontro antecipado pelo colunista do Globo Ancelmo Gois. Porém, a visita do multibilionário empresário, que hoje estará em Brasília com sua equipe, não é a única.

Também esteve na cidade recentemente James Murem, que comanda o grupo MGM Resorts, famoso por seu empreendimento em Las Vegas, um dos locais mais conhecidos dos brasileiros quando o assunto é jogo.


A lista de empresas interessadas em explorar a atividade de cassinos no país vem crescendo a cada mês.


Até uma das figuras mais conhecidas de Las Vegas, Jan Laverty Jones, ex-prefeita da cidade, esteve em Brasília, já que hoje é uma das principais executivas do Caesars Entertainment Corporation, dona do Caesars Palace, um dos mais conhecidos da Las Vegas Strip. Já esteve por aqui nos últimos meses ainda o grupo dono da rede Red Rock, com espaços na Califórnia e Michigan, nos EUA.


Mas não são apenas os americanos. Os europeus Estoril Sol, de Portugal, e até a estatal austríaca que administra cassinos em Viena estiveram em Brasília apresentando a indústria do cassino e do entretenimento como ferramenta para impulsionar a indústria do turismo no Brasil.


A legalização dos cassinos, porém, é um assunto cercado de polêmica no Brasil. Muitos grupos criticam a proposta de legalização argumentando que o jogo pode levar à lavagem de dinheiro, à criação de organizações criminosas e ao vício.


Do outro lado, o próprio governo já se convenceu de que a legalização dos cassinos vai ajudar no desenvolvimento da economia. Segundo o deputado Elman Nascimento (DEM-BA), presidente da comissão especial da Câmara que analisou o tema, a expectativa é de investimentos de R$ 80 bilhões.


— O Brasil é um dos únicos países democráticos em que o cassino não é liberado. Há interesse desses grupos em investir no país, criando um resort integrado com cassino. Há uma disposição alta para investir. Mas é preciso segurança jurídica para que esses investimentos ocorram no país. Além dos grupos dos Estados Unidos e da Europa, há ainda empresas de Argentina e Uruguai de olho no país — disse Nascimento.


Nos encontros, o empresário Sheldon Adelson tem dito que pretende levantar um projeto de US$ 8 bilhões no Brasil. A ideia do bilionário americano é fazer um complexo nos moldes do de Macau, na China, que gera hoje mais de dez mil empregos diretos e reúne centro de convenção e até shopping center.


Segundo uma fonte, o magnata tem dito em seus encontros que, para receber esse empreendimento, a cidade precisa ter uma infraestrutura de hotelaria de 4 a 5 estrelas para absorver os clientes.


Ontem, o prefeito Marcelo Crivella recebeu o empresário para uma reunião no Palácio da Cidade, em Botafogo. Antes da reunião, Crivella disse que o motivo do encontro era “trazer investimentos” para o Rio, sem mencionar a palavra cassino.


— Ele é um dos grandes investidores no setor imobiliário. Vamos falar sobre turismo. É seguramente uma das maiores fortunas americanas e tem muito interesse pelo Rio.


Quem sabe não pode nos ajudar no Porto Maravilha? Vou mostrar para ele a infraestrutura que foi feita e, quem sabe, podemos instalar ali hotéis, praças de alimentação, cinemas. Ele é um dos grandes empreendedores de Las Vegas — afirmou Crivella.


A assessoria de Adelson não quis comentar. De acordo com outra fonte, grupos do exterior já estão conversando com hotéis no Rio de Janeiro e procurando terrenos. Uma das conversas em fase mais adiantada prevê a possibilidade de um cassino no antigo Hotel Nacional, em São Conrado, da HN Construtora, reaberto recentemente sob a administração do grupo espanhol Meliá.


— Foi feito um pré-acordo para a construção de um cassino no hotel, em um projeto de US$ 50 milhões — disse uma das fontes que não quis se identificar.


O Hotel Nacional não retornou à reportagem. Hoje há duas propostas para legalizar os cassinos no Brasil: uma na Câmara dos Deputados e outra no Senado. Na Câmara, o relatório substitutivo da Comissão do Marco Regulatório do Jogo já foi votado e está na mesa do presidente da Casa, Rodrigo Maia. No Senado, o projeto está na Comissão de Constituição e Justiça. Segundo fontes, os dois projetos vão convergir para um só, como forma de agilizar a votação no Congresso.


A ideia é que o texto vá a plenário após a votação da reforma da Previdência.


Já está certo que, ao unir as duas propostas, o projeto vai federalizar a criminalização de todas as modalidades de jogos, como bingo e jogo do bicho. Pela proposta da Câmara, estados com até 15 milhões de habitantes poderão ter um cassino; locais entre 15 e 25 milhões, dois; e estados acima de 25 milhões, três. A proposta do Senado fala em até três estabelecimentos por estado.


— É preciso uma legislação uniforme. A exploração fraudulenta do jogo e sem autorização passa a ser crime federal. Isso traz segurança para o investidor. Pelo projeto, as máquinas dos cassinos serão ligadas aos sistema da Receita Federal, no qual haverá um acompanhamento online — destacou Nascimento.


Publicado 10/05/17 Revista Empresas & Negocios. O Globo.

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